domingo, 23 de dezembro de 2012

Cacique Lazaro Kiriri, exemplo vivo de paciência e resistência


Cacique Lazaro fala da importância da reconquista do território indigena para o seu povo
e para o Brasil e dá uma bela lição aos educadores brasileiros, em 11/11/2012.


Cacique Lazaro Kiriri é uma das lideranças da Aldeia Mirandela, que faz parte da Terra Indígena Kiriri, localizada no município de Banzaê, no norte da Bahia. Cacique Lazaro é um exemplo vivo de que com paciência e resistência podemos alcançar nossos objetivos pessoais, e, sobretudo o de uma coletividade.

Durante longos anos guiou seu povo, traçando estratégias, ouvindo as vozes dos encantados e de seus pares, cultivando a união e semeando a mobilização comunitária para que ninguém desanimasse frente às diversidades impostas por não índígenas que ocupavam ilegalmente as terras originárias de seu povo Kiriri. E de tanto resistir e pacientemente persistir, em 11 de novembro de 1995, o povo Kiriri conseguiu a retomada de seu Território, cuja demarcação ocorreu por meio do Decreto nº 98.828 de 15 de janeiro de 1990, com aproximadamente 12.300 hectares, onde hoje vivem mais de 2 mil índios, preservando sua cultura originária, seus costumes, seus saberes, seus fazeres.
 
Cacique Lazaro Kiriri compartilha seus saberes generosamente e pacientemente com aqueles que o procuram, em sua aldeia, e, sempre diz que "os educadores do mundo inteiro precisam conhecer um pouco da geografia do Brasil para aprender(e então ensinar) como se formou o território brasileiro, também com as caractéristicas e a cultura do povo indígena, que respeita a fauna(rei dos nossos irmãos animais) e a flora(rei do verde e das flores coloridas)! E que nunca esqueçam que as coisas mais bonitas são o amor, a paciência e a resistência. E que venha uma nova primavera para toda a humanidade!"

domingo, 9 de dezembro de 2012

Improvisos de Dona Osvaldina do Igarapé Grande(Ourém - Pará)


Vídeo produzido por Arlindo Matos


Dona Osvaldina vive na comunidade de Igarapé Grande, zona rural do município de Ourém(Pará), logo após a ponte sobre o Rio Guamá. Viúva, não deixou a tristeza se aproximar. Sempre participa de festas da terceira idade em sua comunidade e anima geral, mostrando suas diversas artes vivas, como tiração de versos poéticos no improviso.

Graças aos seus alegres dons culturais foi convidada pela Dona Eunira, liderança da comunidade Fazenda Santo Antonio para participar do dia de incentivo à leitura prazerosa da Biblioteca Itinerante Barca das Letras na comunidade, em 25/11/2012. E Dona Osvaldina não deixou a peteca caída, logo entrou na brincadeira e mostrou seu talento no verso, na música e na dança!!!

Viva a alegre e talentosa Dona Osvaldina,
cultura viva popular brasileira!!!

Jonas Banhos (face)
@jonasbanhos (twitter)
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Dona Diolinda dos Tapetes Coloridos

Foto: Esta é a Dona Diolinda dos Tapetes Coloridos lá da Comunidade Tupinambá, vivente às margens do Rio Guamá, em Ourém, no interior do Pará. Dona Diolinda tece com suas mãos calejadas e seu olhar apurado sua leitura de um Brasil que sangra com tantas injustiças e opressões sociais. Dona Diolinda faz cultura e arte viva, que encanta à primeira vista!
Viva a linda Dona Diolinda!!!

Esta é a Dona Diolinda dos Tapetes Coloridos lá da Comunidade Tupinambá, vivente às margens do Rio Guamá, na zona rural do municípiio de Ourém, no interior do Pará.





Neuton Chagas, Kate Titan, Dona Diolinda,
Miguel Matos e eu(Jonas Banhos)


 
 


Dona Diolinda tece com suas mãos calejadas e seu olhar apurado sua leitura de um Brasil que sangra com tantas injustiças e opressões sociais.


Dona Diolinda faz cultura e arte viva, que encanta à primeira vista!
 







Viva a linda Dona Diolinda!!!

Jonas Banhos (face)
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Dona Sí, repentista e cantadeira popular da Terra Indígena Kiriri(Bahia)



Dona Sinforosa, ou, simples e carinhosamente Dona Sí. É repentista, cantadeira popular lá da Aldeia Lagoa Grande e faz parte do Povo Kiriri Canta Galo, localizada no norte da Bahia, município de Banzaê.




Apresentou-se generosamente durante a intervenção da Biblioteca Itinerante Barca das Letras na Escola índio Feliz, de 9 a 12 de novembro de 2012, a convite do Grupo de Jovens Kiriri Descobrindo e Redescobrindo Nossa História.

Aí um vídeo com Dona Sí soltando o verso:





Ao final de nosso belo encontro, Dona Sí me oferta sua outra arte, agora em palha:

 
 
Jonas Banhos (face)
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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dona Santinha da Alma, do Coração e do Capim Dourado.



Esta é a Dona Santinha da Alma, do Coração e do Capim Dourado.

É uma doce guerreira extrativista do capim dourado do Jalapão e uma biblioteca viva da Comunidade Quilombola da Mumbuca. 
Há anos vem guardando dentro de sí os saberes, as cantigas e as poesias ancestrais herdadas de seus antepassados. E, seguindo a tradição oral, vem re-passando, com-partilhando esses saberes com amor e re-sistência às novas gerações.

É uma das mais antigas guardiãs do capim dourado, "porque antes tinha muito, agora já tem pouco". Não cansa de lembrar a todos que "o capim dourado é uma mãe pro Jalapão todo, não só pro Mumbuca, porque deu a condição do povo adquirir um fogão, uma cama, uma rede..." Dona Santinha tece o capim dourado, colhido uma vez por ano, para transformar em belas artes, que correm o Brasil e o mundo, nas mãos de turistas encantados com a beleza dos povos e da natureza viva, fervilhante e apaixonante do Jalapão.

"Capim dourado
dourado pelo cerrado
dourado pra todo lado
dourado quer me dourar

Capim dourado
dourado pelo cerrado
dourado pra todo lado
dourado quero adorar

Capim dourado
dourado antes do tempo
tem a hora e o momento
de colher e de plantar
Capim dourado
nos dá tudo do sustento
quem faz dele o seu talento
tá cuidando pra ganhar

Capim dourado
douradinho de beleza
pelas mãos da natureza
a riqueza e o pão Jala

Capim dourado
é um fruto do cerrado
e o cerrado se cerrado
se queimar do que será
da gente que vive
que sonha ser contente
com fruto e futuro pela frente
quem sente é quem sabe cuidar"



Vida longa à Dona Santinha,
nossa mestra griô do Jalapão,
da alma, do coração e do capim dourado!
Viva a Dona Santinha,
nossa Cultura Viva!!!


Jonas Banhos (facebook)
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jonasbanhosap@gmail.com
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Dona Maria dos retalhos coloridos (Terra Alta-Pará)




Dona Maria mora numa rua que não tem saída,

numa casa de barro com cobertura de cavaco,
lá no interior do Pará, em Terra Alta. 
Estávamos em busca do Rio Marapanim,
aí nos perdemos, e, então a achamos,
a criativa Dona Maria dos retalhos coloridos!
Que maravilha é se perder nesta vida,
pois assim encontramos, ao acaso, uma artista,
a doce Dona Maria dos retalhos coloridos!
E, claro, encantados, trouxemos pra dentro da Barca das Letras sua arte!
Agora, a linda Dona Maria dos retalhos coloridos também caminha conosco,
alegrando a criançada amada das nossas comunidades ribeirinhas da Amazônia,
do cerrado e de outros biomas mais do Oiapoque ao Chuí, por onde navegamos,
alegre e coloridamente!!!
Então, viva nossa Dona Maria dos retalhos coloridos!!!


sábado, 4 de fevereiro de 2012

Mestre Sacaca, das plantas, raízes e ervas da Amazônia (Macapá/AP)





Sacaca foi um mestre da cultura popular amapaense, nascido em 21 de agosto de 1926. Batizado como Raimundo dos Santos Souza, negro, profundo conhecedor das plantas medicinais, das raízes e ervas da nossa floresta amazônica... Foi um pioneiro macapaense, contador de histórias, griô, de uma memória incrível... Suas garrafadas (mistura de várias plantas) eram famosas, inclusive foi motivo para vári...as reportagens... e era bastante procurado pela população para a cura de diversas doenças... Sacaca também foi um folião nato, e por muitos anos, foi o Rei Momo do Carnaval Amapaense. 
foto: Chico Terra

Sacaca nos deixou em 1999. Mestre Sacaca vive na memória de todos nós amapaenses, amazônidas.... na minha então, está na melhor: a da infância.... E a ele, o povo do Amapá dedicou um espaço muito especial, o Museu Sacaca, para que as novas gerações tenham orgulho de seu passado simples e sábio... Após anos de abandono e desrespeito, neste dia  03/02/2012 está sendo (re)inaugrado, em Macapá(AP)... É um ponto turístico e educativo obrigatório... não deixe de visitar este espaço ecoespiritual....
Para saber mais sobre Mestre Sacaca, assista e acesse:


E boa leitura do mundo amazônico gente!!!
Jonas Banhos